segunda-feira, 30 de julho de 2007

Caminhadas Vazias

Meu novo sapato claro
Aquele que de tão caro, sai barato
Pois aqui o ditado é errado
E as regras ficam por minha conta.

E o sapato claro pode escurecer
Até calar sua língua
Ou a sua sola que chora
Ao ser pisada.

A rua ainda está vazia e deserta
Aonde sombras se escondem atrás de arbustos
E os postes mantém luzes queimadas
Mas há fogo nas travessas?
Do menino travesso talvez não.

Passa o sapato como num passo
Caminha rápido, corre e respira
Toma fôlego à mais uma tragada
E dentro de alguns eternos instantes
Por dentro de outros desertos instantes
Não haverá fome.

E um clarão se ilumina
Pela salvação de uma menina
Ou do menino travesso?
Que salva a vida alheia
Arriscando-se em seus anseios
Desperdiçando seus desejos
Pelas ruas à fora.

2 comentários:

Unknown disse...

Eu até tentaria interpretar, mas quem sou eu.
Minha interpretação gostou do que voce escreveu =D
Bjos

Anônimo disse...

"A rua ainda está vazia e deserta
Aonde sombras se escondem atrás de arbustos
E os postes mantém luzes queimadas
Mas há fogo nas travessas?
Do menino travesso talvez não."
adorei!!!