quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Comensurável lucidez

As obsoletas fotografias penduradas pelas paredes brancas
Estão com suas antigas molduras amareladas e sujas
As pessoas com seus largos sorrisos de papelão
Revestindo de uma felicidade instantânea
Confiantes em si mesmas sem sequer olhar pro chão

Os obsoletos retratos espalhados pela estante
Estão com suas antigas molduras empoeiradas
As pessoas com seus olhares tristes tão distantes
Revestidas de um ar de tristezas caladas
Confiantes em si mesmas sem porquê

Os veteranos personagens das fotografias retratadas
Já não estão presentes para contar a história
Apenas esperavam o instante de invadir alguma mente lucida
Para que pudessem contar ao mundo por intermédio
O quão triste é saber que a vida é assim:
Apenas as matérias ficam
De resto, tudo se vai.
Por vezes uma roupa, um objeto, um amor,
Por outras um olhar, um sorriso, uma alma.

2 comentários:

Cadeira. disse...

Bom.

É. Mais um espaço pra visitas...

Cara, pensei em você ontem, sem motivo aparente.

Como anda?

Unknown disse...

Então no final o que nós resta???

(gostei do texto)