sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O contador de histórias

Piano velho que exala o cheiro dos cordões enferrujados
Enlouquece com o eco dos dedos dançantes entrelaçados
Que agitado anima o salão antigo aonde cortinas permancem fechadas
Pois a claridade não é bem vinda.

Por ali alguns charlatões chatões com seus charutões
Por aqui, algumas garotas ao embalo do Jazz
Gigantesco o salão cheirando a fumaça
Da cozinha ao lado, que fogaréu ameça.

A claridade não é bem vinda, mas as chamas invadem sem licença
Aumentando o rítmo e os passos - que agora expressos
Exprimem os medos procurando a saída
Sem se preocupar aos ruídos das desgastadas astes do piano,
E do seu banquinho contador de histórias.

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